Carta aos clientes – A Aba Textos Traduções é uma empresa que nasceu do coração. Olhei para dentro de mim e pensei: dentre minhas habilidades é tradução que eu quero fazer. Para isso acontecer, criei o nome que partiu de ‘aba’ significando um guia, aquele que mostra o caminho. Era isso que eu queria para uma nova empresa: abrir um caminho e trilhá-lo iluminada pela inspiração de colocar minha habilidade a serviço de quem precisasse.
Acontece que quando criamos uma empresa do zero, nós somos a empresa e ela estende seus braços impregnados pela essência de quem a conduz. E eu tenho qualidades e defeitos, como todos têm. Assim, para entregar um produto de qualidade, obviamente, é necessário não deixar defeitos se manifestarem (trabalha-se com cuidado tendo em mente eliminá-los) e exceder naquilo que temos de mais intenso em nós, que, no meu caso, é ter uma qualidade pessoal forte.
Uma qualidade pessoal forte. Mas o que isso significa? Significa que não consigo entregar um trabalho sem tentar o meu melhor. O Prof. Mario Sergio Cortella ensina que os brasileiros falam ‘vou tentar o possível’ e os americanos falam ‘vou fazer o meu melhor’. Bom, eu não sou americana, mas em tudo que abracei, intuitivamente sempre procurei fazer o meu melhor. Em tradução, é procurar pelo melhor termo, pela melhor colocação de frase, pela melhor formatação e entregar ao cliente um trabalho em que ele encontra conforto na leitura, ao perceber que corresponde às expectativas dele. Em revisão de textos, é ler, reler, três, quatro vezes, até confiar que ‘vencemos’ nosso cérebro, que nos prega peças impedindo-nos de ver os erros, devido à sua habilidade de decifrar as palavras e produzir uma leitura ‘correta’, mesmo com as letras embaralhadas. Veja aqui a que estou me referindo.
Carta aos clientes
Sei que consegui isso inúmeras vezes, pelo feedback que ouvi ou li dos clientes após receberem nossos trabalhos. E isto é muito gratificante!
Hoje, passados 20 anos, estamos abraçando o novo que é a IA fazendo uma grande parte do trabalho da tradução humana. Percebemos que as empresas migraram para essas plataformas entregarem-lhes traduções, visando, com certeza, economizar no budget destinado a essa área. A princípio, com o Google Tradutor (GT), a tradução automática auxiliava (como ainda auxilia) na tradução de textos, para se ter ao menos uma ideia do que queria dizer aquele assunto, ignorando-se os erros notados no caos de algumas frases ou em termos completamente fora de contexto. Mas era para ‘quebrar um galho’.
Sabemos que o GT veio se aperfeiçoando, tanto quanto o ChatGPT que chegou há menos de 2 anos (nov/2022), mas ambos ainda usam termos desconexos, repetem as palavras no mesmo parágrafo, às vezes, na mesma linha, empobrecendo demais o estilo da escrita, tornando a mensagem até enervante.
Mas a chegada do ChatGPT pareceu abrir as portas da ‘liberdade tradutória’! Não mais pagar para empresas de traduções aquele montante que sempre pareceu alto demais para uma coisa ‘tão simples’!
‘Tão simples’. A propósito, aqui cabe lembrar a história daquele navio imenso navegando imponentemente, até o momento que quebra. O capitão rapidamente chama um técnico, que leva um dia inteiro procurando e não encontra o defeito. Chama, então, um segundo técnico mais qualificado, que fica meio dia procurando, sem encontrar o defeito. Já desesperado, com uma embarcação enorme como aquela, parada, o capitão chama um especialista, que visita a sala de máquinas, olha, ouve e vai direto a um certo ponto, dá uma marteladinha e o grande navio volta a funcionar. O primeiro técnico enviou a conta: R$ 100,00 por um dia perdido. O segundo técnico enviou a conta: R$ 1.000,00 por meio dia frustrante. E o terceiro técnico enviou a conta: R$ 10.000,00 por 10 minutos de trabalho. O capitão alterou-se: como o senhor tem coragem de cobrar tudo isso por 10 minutos de trabalho? E o especialista respondeu: minha conta está justa. R$ 100,00 pela martelada certeira e R$ 9.900,00 por anos de estudos, que me qualificaram para descobrir onde martelar.
Tradução é vista como a conta desse especialista. “Como você tem coragem de cobrar tudo isso por uma tradução que levará 15 minutos?”; “Como assim, cobrar isso por uma tradução de apenas 2 páginas?”. Ninguém vê o quanto se estuda e lê para obter e manter afiada a função de traduzir! Dar a martelada certa – usar o termo certo!
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Carta aos clientes
Para nos integrar ao admirável mundo novo e usar uma nova ferramenta que se chama pós-edição de tradução automática, novamente a Aba Textos Traduções lançou-se a aprender, que é o que mais faz o tradutor. Leia aqui a Parte 2 desta carta para se inteirar da íntegra desta mensagem.
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Crédito: Escrito por Nilza Dimambro, gerente de projetos na Aba Textos Traduções.
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